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Oração: a porta da santidade

Fonte: Padre Paulo Ricardo

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Há três perguntas básicas sobre a oração que devem ser respondidas nesta aula, a saber: O que é oração? Como começar uma vida de oração? Como perseverar em uma vida de oração? Falaremos, principalmente, da oração dos principiantes, daqueles que estão ainda no começo da vida espiritual.

Antes de qualquer coisa, é importante buscar uma definição de oração. São João Damasceno diz que “a oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes”[1]. Quando se fala de oração, fala-se de uma realidade para seres racionais, mas de uma atitude que parte sempre de um ser inferior em direção a um superior. Assim, só os homens e os anjos podem rezar.

Dispensando de explorar essa definição do Catecismo de forma detalhada, a oração não é algo simplesmente racional, mas um fato ligado ao amor. Como diz Santa Teresa de Ávila:

“Para aproveitar neste caminho e subir às moradas desejadas, o essencial não é pensar muito – é amar muito. Escolhei de preferência o que mais vos conduzir ao amor.

Talvez nem saibamos o que é amar, o que não me espanta. Não consiste o amor em ser favorecido de consolações. Consiste, sim, numa total determinação e desejo de contentar a Deus em tudo, em procurar, o quanto pudermos, não ofendê-lo e rogar-lhe pelo aumento contínuo da honra e glória de seu Filho e pela prosperidade da Igreja Católica.”[2]

“O essencial não é pensar muito – é amar muito”. Rezar é muito mais do que pensar: é cultivar um relacionamento com Deus. A santidade não consiste simplesmente em seguir os mandamentos, mas em aumentar o amor para com Deus. Para ser santo é preciso progredir no amor, e este, por sua vez, cresce quanto maior e mais frequente é a oração que se faz. Diz, ainda Santa Teresa, noutro lugar:

“E outra coisa não é, a meu parecer, oração mental, senão tratar de amizade – estando muitas vezes tratando a sós – com quem sabemos que nos ama. E se ainda O não amais (porque para que seja verdadeiro o amor e para que dure a amizade hão de encontrar-se as condições: a do Senhor já se sabe, não pode ter falta; a nossa é ser viciosa, sensual, ingrata), não podeis por vós mesmas chegar a amá-Lo, porque não é da vossa condição; mas, vendo o muito que vos vai em ter a Sua amizade e o muito que vos ama, passais por esta pena de estar muito com Quem é tão diferente de vós.”[3]

A realidade do amor está no fundamento da oração. Embora isso pareça óbvio, olhando para a nossa vida espiritual, nem sempre a encaramos dessa forma. Às vezes, nós pensamos na oração mais como um dever que como um ato de amor. Mas, a oração não é um artifício para nos livrarmos de Deus. Trata-se, sobretudo, de um ato de amor.

Quando se fala de amor, é importante não o confundir com certo “gosto” na oração. Como diz Santa Teresa, “não consiste o amor em ser favorecido de consolações”. É possível colocar-se diante de Deus em um período de grande aridez – a oração terá muito mais valor que no período das consolações, inclusive. O amor “consiste, sim, numa total determinação e desejo de contentar a Deus em tudo”.

Na prática da vida espiritual, algo que nos pode ajudar muito e que Santa Teresa recomenda é a meditação sobre a paixão de Cristo. Não é sem motivo que o diabo tenha odiado tanto o filme “A Paixão de Cristo”[4]: ele deu-nos um conteúdo muito forte para a meditação. Nesse processo, também ajudam-nos as imagens de Cristo ensanguentado na Cruz. Basta lembrar-se que Santa Teresa se converteu diante de uma imagem de Cristo chagado[5]. Na oração mental, pensar no Cristo crucificado por amor a nós é fundamental para nosso crescimento interior. Por outro lado, tirar as cruzes de nossa vida faz um tremendo mal para a nossa vida de oração.

É evidente que tudo isso é uma graça de Deus. O Catecismo recorda-nos aquele trecho do Evangelho no qual Jesus conversa com a boa samaritana: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva”[6]. Em outra parte, diz Jesus: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba”[7]. Deus quer dar uma água viva para saciar o coração humano. O padre Reginald Garrigou-Lagrange, em sua famosa obra Les Trois Ages de la Vie Interieure [“As Três Idades da Vida Interior”], ao falar da generosidade que os principiantes devem ter no início de sua vida espiritual[8], recorda uma multidão de santos – Santa Catarina de Sena, São Tomás de Aquino, Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz – que invocam justamente este versículo do Evangelho para lembrar a necessidade que todos os homens têm de recorrer à fonte da água viva, que é Jesus. A vida de oração só vai acontecer se nós abrirmos o coração a esse dom de Deus.

Além disso, a vida de oração depende fundamentalmente da virtude da humildade. Recorda o Catecismo: “A humildade é o fundamento da oração. ‘Nem sabemos o que seja conveniente pedir’ (Rm 8, 26). A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus”[9]. Não é possível apresentar-se diante de Deus com soberba, pois Ele “resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes”[10].

Ao mesmo tempo, porém, Deus chama todos os homens à contemplação da grandeza de sua vocação, à santidade, à grandeza de alma, em suma, à virtude da magnanimidade. A um olhar desatento, essas duas virtudes podem parecer contraditórias. Mas não são, conforme explica o Aquinate:

“Deve-se dizer que no homem se encontram ao mesmo tempo a grandeza, que é um dom de Deus, e uma certa insuficiência, que lhe vem da fraqueza de sua natureza. Assim, a magnanimidade permite ao homem perceber sua dignidade levando em consideração os dons que recebeu de Deus. E se ele tiver uma grande virtude, esta virtude o fará tender para as obras da perfeição. O mesmo ocorre com qualquer outro bem, como a ciência ou a fortuna. Mas a humildade obriga o homem a se julgar pouca coisa em consideração de sua própria insuficiência. – De maneira semelhante, a magnanimidade menospreza os outros na medida em que lhes falta os dons de Deus, porque não os preza tanto que faça por eles algo inconveniente. Mas a humildade honra os outros e os estima superiores, descobre neles alguma coisa dos dons de Deus. É por isso que o Salmo diz, falando do homem lúcido: ‘A seus olhos o homem mau é reduzido a nada’, o que corresponde ao desprezo do magnânimo. ‘Mas ele glorifica aqueles que temem o Senhor’ o que corresponde à honra prestada pelo humilde. – Desta forma, fica claro que a magnanimidade e a humildade não se contradizem, embora pareçam agir em sentido contrário, porque procedem segundo considerações diferentes.”[11]

Para rezar, é preciso reconhecer-se um nada, um “vaso de barro”, no qual, no entanto, Deus colocou um tesouro. Então, não por causa de nós, mas por causa do dom de Deus, somos chamados à grandeza espiritual, que é a magnanimidade. Por isso, a humildade não se contradiz com ela: nós, em nós mesmos, somos esterco, mas a Trindade habita em nossos corações.

Então, a primeira atitude a tomar, quando nos colocamos em oração, é um ato de humildade, que nos deve levar a adorar Deus em nós mesmos, inclusive. Quando nos humilhamos, quando reconhecemos a nossa pequenez e miséria, isso leva-nos quase que automaticamente à adoração. Como canta o salmista: “Contemplando estes céus que plasmastes / e formastes com dedos de artista; / vendo a lua e estrelas brilhantes, / perguntamos: ‘Senhor que é o homem, / para dele assim vos lembrardes / e o tratardes com tanto carinho?’” [12]. Quando lançamos um olhar à condição do homem no universo tão vasto, tomamos consciência de nosso nada. No meio da imensidão das coisas criadas, não é incrível que Deus nos ame, se importe conosco e venha habitar em nosso coração? E, no entanto, por mais estonteante que seja, essa é a verdade cristã.

Ao colocarmo-nos em adoração, o que brota imediatamente é um ato de fé. Esse esquema de oração que está sendo apresentado foi tirado do livro “Perfeição cristã e contemplação”, do pe. Garrigou-Lagrange. O ato de fé não necessita de muitas palavras; trata-se de um olhar simples que se deve dirigir a Deus com admiração e com amor. É olhar para os mistérios da salvação – a encarnação, paixão, morte e ressurreição de nosso Senhor, principalmente – e dizer: “Eu creio”. Mas esse ato de fé não é separado do amor, já que a caridade dá forma a todas as virtudes; a fé é acompanhada de admiração, amor e gratidão. Isso, por sua vez, leva o orante à súplica, que é, no dizer do padre Lagrange, a “linguagem da esperança”: com confiança, pedimos – e verdadeiramente esperamos de Deus –, sobretudo, os meios necessários para a salvação eterna, a saber, o pão espiritual e o pão material. É importante, no ato de esperança, exercitar essa sede de Deus, de estar com Ele, de contemplá-Lo face a face, de unir-se com Ele.

Por fim, parte-se ao ato de caridade, que pode ser dividido em duas partes, a saber: o ato afetivo e o ato efetivo.

No ato afetivo de amor, a pessoa vê os benefícios que Deus lhe dá e, imediatamente, ama-O pelo que Ele é, com amor de amizade. Normalmente, as pessoas têm a visão de que o amor-caridade é superior ao amor-amizade. Mas, São Tomás não é dessa posição, porque a amizade com Deus é exatamente o amor-caridade: o amor a Deus é sempre uma resposta, porque, na verdade, Ele “nos amou primeiro”[13]. Assim, não existe verdadeira caridade no ser humano que não seja já resposta ao amor de Deus.

Essa é a tese do padre Duarte da Cunha, em sua obra “A Amizade Segundo São Tomás de Aquino” (Principia, 2010)[14]: no livro, ele mostra claramente que o amor a Deus no ser humano não pode não ser amizade. Abelardo, durante a Idade Média, queria que o homem amasse a Deus sem recompensa nenhuma, mas isso é impossível, porque, para começar, todos já fomos recompensados. Tudo o que somos e o que temos recebemos de graça: a existência, a salvação, a graça santificante… O que se pode fazer além de agradecer? Então, definitivamente, a vida de oração não pode ser outra coisa senão uma vida de amizade com Deus.

No ato efetivo de amor, o orante procura adequar a sua vontade à de Deus, repetindo, com insistência, a petição do Pai Nosso: “fiat voluntas tua – seja feita a Tua vontade”. Muitas pessoas querem crescer na vida de oração, mas se esquecem que a oração não é para mudar a vontade de Deus, mas a sua. A oração deve transformar aquele que reza. Por isso se diz que o amor deve ser afetivo e efetivo.

Nas pessoas mais adiantadas na vida espiritual, as realidades aqui descritas – os atos de humildade, adoração, fé, esperança e caridade – acontecem de forma quase unitária, já que essas almas são mais dadas à contemplação. Enquanto não se chega à meta, no entanto, é preciso perseverar nesse exercício.

Muitos dizem ter uma grande dificuldade para rezar. Isso pode acontecer porque não se prepara o coração para o encontro com Deus. Ao longo do dia se deveria, com muita frequência, elevar o coração a Deus, resistindo à tendência de construir um muro de separação entre a vida ativa e a vida de oração. Esse muro não funciona. Não se tratam de duas vidas diferentes, mas de uma só. Por exemplo, é preciso aproximar-se das pessoas como se aproximaria do Santíssimo Sacramento, oferecer pequenos sacrifícios a Cristo etc. Mas, atenção: é importante fazer tudo isso com os olhos voltados para Jesus. O que diferencia o amor natural da caridade é o fato de a causa formal desta ser sempre Deus: ame-se a si mesmo, ao próximo ou a Deus (diferentes matérias), mas sempre por Deus (mesma forma). É assim que o amor é elevado ao nível sobrenatural, a partir uma “total determinação e desejo de contentar a Deus em tudo”, seja qual for o objeto material.

Outra coisa importante para preparar a oração é o silêncio. As pessoas vivem, a todo instante, atordoadas e cercadas de barulho e, normalmente, não conseguem encontrar-se a si mesmas. Ora, se elas não conseguem encontrar-se nem consigo mesmas, como querem encontrar-se com Deus?

Quanto à perseverança: para alcançá-la, é preciso confiar que é Deus quem vai conduzir a nossa vida de oração. Isso quer dizer que, muitas vezes, as coisas não acontecerão da forma como planejamos. Quando entramos na vida de oração, começamos a receber consolações. Mas, se cumprirmos com os nossos deveres e fizermos muita oração e penitência, manifestando generosidade para com Deus, enfrentaremos um período de aridez, aridez essa que a nós, que estamos na vida ativa, pode ser acompanhada de perseguições, problemas familiares, dívidas e muitas outras provações. Quando essas coisas começarem a acontecer, não podemos desanimar: é Deus quem age em nossa alma para purificar o nosso amor.

Crescer na vida de oração é crescer no amor a Deus. É preciso cultivar a amizade com Ele. Na conclusão de sua tese[15], o padre Duarte da Cunha recorda que a causa final da amizade é a comunhão de vida: terminado o curso da vida terrena do homem, ele participará dessa comunhão (communicatio) de vida com Deus, no Céu. Aquele que aqui contemplamos às apalpadelas e às escuras estará um dia diante de nós. Importa que comecemos nesta vida a amá-Lo: eis a finalidade de nossa existência.

Referências bibliográficas

  1. De fide orthodoxa, 3, 24: PG 94, 1089D. Citado em Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 2559
  2. Castelo Interior ou Moradas, Quartas Moradas, capítulo 1, n. 7
  3. O Livro da Vida, capítulo 8, n. 5
  4. A Paixão de Cristo – Filme Completo (Legendado)
  5. Cf.O Livro da Vida, capítulo 9, n. 1: “Aconteceu-me que, entrando eu um dia no oratório, vi uma imagem, que para ali trouxeram a guardar; tinham-na ido buscar para certa festa que se fazia na casa. Era a de Cristo muito chagado e tão devota que, ao pôr nela os olhos, toda eu me perturbei por O ver assim, porque representava bem o que passou por nós. Foi tanto o que senti por tão mal Lhe ter agradecido aquelas chagas, que o coração, me parece, se me partia e arrojei-me junto d’Ele com grandíssimo derramamento de lágrimas, suplicando-Lhe me fortalecesse de uma vez para sempre para não O ofender.”
  6. Jo 4, 10. Cf. Catecismo da Igreja Católica, parágrafos 2560-2561
  7. Jo 7, 37
  8. Las Tres Edades de la Vida Interior, p. 161: “Convém ressaltar muito bem, neste lugar, a generosidade que desde o princípio é necessária no principiante, que pretenda chegar à íntima união com Deus e à profunda e saborosa contemplação das coisas divinas…”
  9. Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 2559
  10. 1 Pd 5, 5
  11. Suma Teológica, II-II, q. 129, a. 3, ad. 4
  12. Sl 8, 4-5
  13. 1 Jo 4, 19
  14. A Amizade Segundo S. Tomás de Aquino, Duarte da Cunha – WOOK
  15. Idem

Papa Francisco aprova a canonização de João Paulo II e João XXIII

João Paulo II e João XXIII

Vaticano, 05 Jul. 13 / 11:18 am (ACI/Europa Press).- O Papa Francisco aprovou o decreto de canonização do Beato João Paulo II e João XXIII, conforme explicou o porta-voz do Escritório de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi.Os cardeais e bispos da Congregação para as Causas dos Santos aprovaram nesta terça-feira o segundo milagre atribuído ao Beato João Paulo II e que abre as portas para sua canonização, como relatado por fontes do Vaticano.

Embora não tenha havido confirmação oficial, as mesmas fontes disseram como possíveis datas para a canonização de João Paulo II o dia 24 de novembro, no fim da celebração do Ano da Fé, ou dia 08 de dezembro.

Além disso, a imprensa italiana já indicava nesta terça-feira que a cerimônia de canonização de João Paulo II poderia ser feita junto com a de João XXIII, conhecido como o “Papa Bom”.

Assim, o jornal italiano “La Stampa”, observou nesta terça-feira que “Inesperadamente, os cardeais e bispos também terão que discutir outro caso, o da canonização de João XXIII”, o Pontífice que convocou o Concílio Vaticano II, falecido há 50 anos e cuja beatificação ocorreu em 2000.

Nessa linha, afirmava que essa mudança “não prevista” demonstra “a vontade de celebrar juntas” as duas cerimônias de canonização e assinala que Roncalli e Wojtyla “poderiam ser canonizados em dezembro de 2013, imediatamente após o final do Ano da Fé, visto que a hipótese inicial de outubro parece cada vez menos plausível pela falta de tempo e problemas organizacionais”.

Karol Wojtyla foi beatificado no dia 1 º de maio de 2011, depois da aprovação do seu primeiro milagre com a assinatura do agora Bispo Emérito de RomaBento XVI. Naquela ocasião, se tratou de uma cura, dois meses após sua morte, da religiosa francesa Marie Simon Pierre, que sofria da doença de Parkinson desde 2001, a mesma que João Paulo II sofreu em seus últimos anos.

Por sua parte, João XXIII foi beatificado por João Paulo II em setembro de 2000, durante o Jubileu, na mesma celebração da beatificação de Pio IX. Na ocasião, o milagre aprovado para a sua beatificação foi a cura da Irmã Caterina Capitani em 1966.

O Papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, e morreu, enquanto o Concílio estava em andamento, muitos bispos propuseram proclamar o “Papa Bom” como santo por aclamação, mas seu sucessor, Paulo VI, optou por seguir as vias canônicas, por isso começou o processo canônico, em seguida, foi beatificado pelo seu antecessor Pio XII.

200 pessoas pobres participam num jantar nos jardins do Vaticano

200 pessoas pobres participam num jantar nos jardins do Vaticano Mais de 200 pobres participaram do jantar organizado na noite desta segunda-feira nos Jardins Vaticanos – diante da Gruta de Lourdes – pelo Círculo de São Pedro, cujos voluntários serviram a refeição. Uma grande festa para os necessitados em honra ao Papa Francisco, da qual participaram também o presidente do Governatorato da Cidade do Vaticano, Cardeal Giuseppe Bertello; e o presidente do Círculo, Duque Leopoldo Torlonia. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o assistente eclesiástico do Círculo de São Pedro, Mons. Franco Camaldo, conta o evento:
Mons. Franco Camaldo:- “Foi um dia de grande serenidade e de grande alegria. O jantar estava muito bom – segundo os comensais – porque foi bem preparado. A refeição foi servida também pelo Cardeal Bertello, pelo Duque Torlonia e também por mim. Via-se a alegria estampada nas expressões faciais dos nossos assistidos. Havia emoção e quase incredulidade: encontrar-se nos Jardins Vaticanos, num entardecer muito bonito, diante da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, ser servido à mesa, mesas bem preparadas… realmente, havia muita emoção e quase não podiam acreditar!
RV: Ao término do jantar, foram presenteados alguns pacotes aos participantes…
Mons. Franco Camaldo:- “Dois pacotes: um com frutas e outro com doces provenientes de Nápoles, que nos foram oferecidos por um sócio do Círculo de São Pedro. Depois, como recordação, oferecemos a todos um porta-chaves do Papa, com uma pequena imagem do Santo Padre. Muitas vezes os comensais gritaram “Viva o Papa-Viva o Papa”. E depois algo muito bonito e singular: muitos deles trouxeram consigo escritos, bilhetes, pensamentos para o Papa, de modo que nós – no máximo até esta quarta-feira – entregaremos ao Santo Padre algumas fotos do jantar, bem como essas cartinhas, porque justamente expressam o reconhecimento deles ao Papa.” (Com RL, do Programa Brasileiro)

Texto proveniente da página
do site da Rádio Vaticano

Por volta de 15 mil prefeitos recusam celebrar matrimônio gay

PARIS, 19 Abr. 13 / 10:08 am (ACI/EWTN Noticias).- O porta-voz da organização Prefeitos pela Infância (“Maires pour l’Enfance”), Franck Meyer, assegurou que pelo menos 14.900 prefeitos franceses recusarão “celebrar matrimônios entre duas pessoas do mesmo sexo”, ante a possível aprovação do mal chamado “matrimônio” gay no país.

O matrimônio civil entre um homem e uma mulher é ameaçado pelo projeto de lei do “matrimônio para todos”, promovido pelo governo socialista de François Hollande, que inclui a “procriação medicamente assistida” (PMA) e a “gestação para outro” (GPA), assim como a adoção por parte de casais homossexuais.

Em declarações à imprensa, Franck Meyer, também prefeito de Sotteville-sous-le-Val, no norte da França, assinalou em 5 de abril que “é ilusório pensar que a mobilização dos (prefeitos) eleitos irá parar se a lei for aprovada”.

“Como cidadãos, as autoridades eleitas não ficarão de braços cruzados. Alguns de nós já anunciaram sua renúncia no caso da adoção da lei. Outros dizem que se negarão a casá-los”, advertiu.

Conforme indica a página Web de Prefeitos pela Infância, são mais de 20 mil as autoridades, entre prefeitos e vice-prefeitos, que assinaram a declaração na que manifestam sua oposição “ao projeto de lei que permite o “matrimônio” e a adoção de crianças por duas pessoas do mesmo sexo”.

Na sexta-feira passada 12 de abril, o Senado da França aprovou o projeto de lei que legaliza os mal chamados “matrimônios” gay e lhes dá o “direito” de adotar menores, entretanto a lei controversa ainda tem que passar por uma nova leitura na Assembleia Nacional, e uma leitura final de novo na câmara alta.

Os senadores aprovaram a medida anti-família embora um milhão e meio de franceses tenham exigido em 24 de março, em La Manif pour Tous (A Marcha para Todos), pelas principais ruas de Paris, que se retire o nocivo projeto de lei.

Nathalie de Williencourt, lésbica francesa e uma das fundadoras de uma das maiores associações de gays da França, Homovox, expressou em janeiro deste ano que a maioria de pessoas homossexuais do país não quer o mal chamado “matrimônio” nem a adoção de crianças.

“Sou francesa, sou homossexual, a maioria dos homossexuais não querem nem o matrimônio, nem a adoção das crianças, sobretudo não queremos ser tratados do mesmo modo que os heterossexuais porque somos diferentes, não queremos igualdade, mas sim justiça”, assegurou.

A hipocrisia é a linguagem da corrupção, diz o Papa Francisco

VATICANO, 05 Jun. 13 / 10:00 am (ACI/EWTN Noticias).- Na Missa que presidiu na manhã de ontem na Casa Santa Marta, o Papa Francisco assinalou que os cristãos não utilizam uma “linguagem socialmente educada”, propensa à hipocrisia, mas são porta-vozes da verdade do Evangelho com a mesma transparência das crianças.

A hipocrisia é a linguagem preferida dos corruptos. A cena evangélica do tributo a César, e a pergunta trapaceira dos fariseus e dos partidários de Herodes a Cristo sobre a legitimidade daquele tributo, deu ao Papa motivo para sua reflexão de hoje em continuidade com a homilia da segunda-feira.

A intenção com a que se aproximam de Jesus, afirmou, é a de fazê-lo “cair na armadilha”. A pergunta se é lícito ou não pagar o imposto a Cesar é exposta “com palavras suaves, com palavras belas, com palavras ‘adocicadas’”. “Pretendem –adicionou– mostrar-se amigáveis”. Mas tudo é falso. Porque, explicou Francisco, “eles não amam a verdade, mas somente a si mesmos e assim tentam enganar, envolver os outros na mentira. Têm o coração mentiroso, não podem dizer a verdade”.

“A hipocrisia é precisamente a linguagem da corrupção. Quando Jesus fala a seus discípulos diz que seu modo de falar deve ser ‘sim, sim’ ou ‘não, não’. Porque a hipocrisia não fala a verdade, porque a verdade não está nunca sozinha: está sempre com o amor. Não há verdade sem amor. O amor é a primeira verdade. Se não houver amor, não há verdade. Estes querem uma verdade escrava dos próprios interesses. Podemos dizer que há um amor: mas é o amor de si mesmos, o amor a si mesmos. Aquela idolatria narcisista que os leva a trair os outros, os leva aos abusos da confiança”.

A linguagem que parece ser “persuasiva”, insistiu o Bispo de Roma, leva “ao erro e à mentira”. O Pontífice fez notar que aqueles que “pareciam tão amáveis com Jesus, foram os mesmos que na quinta-feira à noite o capturaram no Horto das Oliveiras, e na sexta-feira o levaram ante Pilatos”. Jesus pede aos que o seguem exatamente o contrário, a linguagem do “sim, sim, não, não”, uma “palavra de verdade e com amor”:

“E a mansidão que Jesus quer de nós não tem nada a ver com esta adulação, nada a ver com esta forma “açucarada” de avançar. Nada! A mansidão é simples; é como aquela de uma criança. E uma criança não é hipócrita, porque não é corrupta. Quando Jesus nos diz: Quando disserem «sim», que seja sim, e quando disserem «não», que seja não! com espírito de crianças, refere-se ao contrário da forma de falar destes”.

A última consideração do Santo Padre se referiu a uma “certa fraqueza interior”, estimulada pela “vaidade”, que faz com que, constatou, “gostemos que digam coisas boas de nós”. Os “corruptos sabem disso e tentam nos enfraquecer com essa linguagem”.

“Pensemos bem: qual é a nossa linguagem hoje? Falamos com verdade, com amor, ou falamos um pouco com aquela linguagem social de seres educados, também dizendo coisas belas, mas que não sentimos? Que nosso falar seja evangélico, irmãos! Estes hipócritas que começam com a adulação acabam procurando falsas testemunhas para acusar aqueles que tinham adulado. Peçamos hoje ao Senhor que o nosso modo de falar seja simples como o das crianças, como o dos filhos de Deus, falar na verdade do amor”, concluiu o Santo Padre.

Concelebrou com o Papa o Padre Hans Zollner, do Instituto de Psicologia da Universidade Gregoriana, presidente do comitê organizador do Simpósio “Para a cura e a renovação” (2012) e um dos fundadores do Centro para a Proteção de Menores que a Pontifícia Universidade Gregoriana instituiu em Múnich, Alemanha. Ao final da Missa, Francisco encontrou com o Padre Zollner e reiterou o seu desejo que se continue a luta contra os abusos na Igreja.

Diretor da TV2000 se desculpa e admite que o Papa não fez exorcismo em São Pedro

Roma, 23 Mai. 13 / 01:18 pm (ACI/EWTN Noticias).- Dino Boffo, o Diretor da TV2000 o canal da Conferência Episcopal Italiana, assinalou que “o Papa não fez um exorcismo“, em referência à oração que realizou o Santo Padre Francisco sobre um possesso mexicano de 43 anos de idade no domingo 19 de maio na Praça de São Pedro ao final da Missa de Pentecostes.

As declarações de Boffo foram feitas logo depois que o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi se comunicasse com ele e lhe dissesse que o Papa “não tinha a intenção de fazer um exorcismo”.

O porta-voz do Vaticano explicou que “o Papa não teve a intenção de fazer um exorcismo, quis rezar por uma pessoa que sofre como faz com todas as pessoas que sofrem que lhe são apresentadas. Neste sentido é necessário ser preciso e respeitoso da intenção do Santo Padre que neste caso não era a de fazer um exorcismo”.

A respeito, Boffo reconheceu que “o Papa não fez um exorcismo, mas quis dar uma bênção particular a este moço que vimos que foi apresentado”.

O jornalista italiano explicou que teve que admitir esta imprecisão na notícia que difundiu, considerando que foi a TV2000 a fonte da história que deu a volta ao mundo como se se tratasse de um “exorcismo” do Papa em São Pedro.

Dino Boffo assinalou que “como diretor, não posso não apelar ao pacto de transparência e confiança que há entre nós e os nossos espectadores. Admito que este episódio criou em mim certo desgosto e tristeza, por haver, involuntariamente, determinado a difusão de uma notícia verdadeira, mas somente em parte, porque o Papa não se reconhece na palavra ‘exorcismo’”.

“Não culpo ninguém e assumo a responsabilidade. Além de pedir desculpas por ter confundido a verdade dos fatos e pelas pessoas envolvidas; em particular peço desculpas ao Santo Padre. É claro que não queríamos atribuir-lhe um gesto que não tinha intenção de realizar. Queríamos mostrar o que ele faz pelos pobres, pelos que sofrem”.

O diretor de TV2000 disse deste modo que “este episódio, para nada clamoroso, que aparece hoje nos jornais não nos deixa com muito boa imagem, mas nos servirá como lição e nunca voltará a acontecer. Isto é algo que sinto que devo fazer com os espectadores porque eles têm o direito de confiar em nós que somos uma televisão católica”.

Mais de 20 mil marcharam em Roma pela vida e contra o aborto

ROMA, 13 Mai. 13 / 02:43 pm (ACI/EWTN Noticias).- Mais de 20 mil pessoas, entre italianos e estrangeiros, saíram ontem às ruas de Roma (Itália) em um ambiente festivo para participar da terceira Marcha pela Vida, em que se pediu respeitar este direito humano inalienável e para protestar contra a legalização do aborto no país que desde 1978 causou a morte de mais de 6 milhões de bebês no ventre materno.

Desde muito cedo na manhã do domingo 12 de maio, os participantes de todas as idades, entre eles famílias inteiras, congregaram-se do lado de fora do Coliseu Romano com cartazes e balões para elevar a voz pelos mais indefesos.

Este evento que foi organizado por diferentes grupos pró-vida italianos, contou com a participação da Presidente de Marcha pela Vida USA, Jeanne Monahan; a ativista pró-vida Lila Rose, e o Prefeito de Roma, Giovanni Alemanno, alguns parlamentares italianos, e grupos provenientes dos Estados Unidos, Polônia, França, Bélgica, Irlanda, Espanha, Albânia e Nigéria.

A jovem polonesa, Alicia Kanselarcik, que acompanhava ao Szczecin, o grupo pró-vida mais ativo em seu país e que também marchou no ano passado na Itália, explicou ao Grupo ACI que sua presença na marcha se dá porque “nós não deveríamos mostrar só a defesa da vida na Polônia, mas também no mundo inteiro porque a vida é o valor mais importante, é global e universal”.

Durante a marcha o Grupo ACI também conversou com a porta-voz de Marcha pela Vida, Virginia Coda Nunziante, quem expressou que “queremos expandir a cultura da vida na Itália, por isso esta é uma ocasião para juntar todas as associações italianas e demais grupos para dizer sim à vida e não aoaborto“.

Sobre a participação de pessoas chegadas de outras partes do mundo, Coda disse que “isto é muito importante para que os italianos entendam que o aborto é um problema mundial, assim que nós temos que estar juntos para ter um melhor impacto”, e ressaltou que ao realizar a marcha em Roma berço do cristianismo se está enviando “uma mensagem a todos os cristãos do mundo inteiro”.

Ao finalizar a marcha os participantes tiveram a oportunidade de saudar o Papa Francisco que estava fazendo seu percurso no papamóvel logo depois de celebrar a cerimônia de canonização e a oração do Regina Coeli na Praça de São Pedro e que coincidiu ao final da Via da conciliaziones.

O Santo Padre inclusive em sua mensagem prévia ao percurso enviou uma saudação aos participantes da marcha exortando que todos defendam a vida desde a concepção.

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