Comunidade Santos Inocentes celebra 10 anos de luta contra o aborto
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Comunidade Santos Inocentes celebra 10 anos de luta contra o aborto
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012 · 13:30
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Elisangela Cavalheiro
Redação Portal A12
A Comunidade Católica Santos Inocentes de Brasília (DF) completa nesta sexta-feira (28) festa dos Santos Inocentes 10 anos dedicados em defesa da vida e contra o aborto.
O grupo de leigos atua no “resgate de inocentes” ao entrar em contato com mulheres que pretendiam realizar um aborto.
Ao longo dos anos, a comunidade contabilizou um número incontável de mulheres que deixaram de praticar o aborto após manterem contato com as informações e esclarecimentos prestados por seus membros.
Tania Regina, fundadora da comunidade, conta que a associação civil que não tem fins lucrativos, tem catalogado em seus registros, mais de 250 mulheres que deixaram de abortar, após serem conscientizadas sobre as consequências do aborto.
Após o primeiro contato, a comunidade disponibiliza para as mães apoio psicológico, material e espiritual e também acolhe as crianças dessas mães em regime de creche até os três anos, para que a mulher possa trabalhar. A Casa de Missão atende mulheres carentes e abriga atualmente 28 crianças.
Localizada em Samambaia (DF), região carente de recursos na capital brasileira, a fundadora conta que quando participava de um grupo de oração e ouviu uma palestra sobre o tema do aborto, sentiu o desejo de ajudar mulheres que sofriam o abandono e a falta de acolhimento diante de uma gravidez indesejada. Agora, depois de 10 anos dedicados nessa causa, ela celebra a alegria de um trabalho evangelizador de grande valor para a sociedade.
“Nós comemoramos os 10 anos com muita alegria, porque foram muitas vitórias que alcançamos e um número incalculável de mulheres que deixaram de realizar o aborto. Nesses 10 anos buscamos aprimorar o nosso trabalho porque nosso objetivo é o campo de evangelização e de resgate dessas mulheres”, destaca Tânia.
Muitas histórias chegam ao conhecimento da entidade por meio de terceiros. Como um assunto delicado, a fundadora lembra que o encontro com essas mulheres é sempre um momento de muita discrição e carinho.
“Nosso trabalho é emocionante, porque quando a mãe se vê sozinha ela pensa que está em um beco sem saída, e aí entra o trabalho de nossa comunidade, oferecemos uma mão amiga. Em 90% dos casos que atendemos, nesse primeiro contato, elas mudam de opinião e desistem de abortar”.
Para Tânia, o primeiro passo e fundamental nesse trabalho, é a coragem para “entrar” na realidade das pessoas, “porque muitos não querem se comprometer”.
“Nosso trabalho de evangelização é transmitir segurança, porque elas ficam muito desconfiadas se serão realmente ajudadas”, reitera a fundadora.
Nos casos em que as mulheres desistem de abortar, mas não podem ficar com os filhos ou não desejam ficar com as crianças, é realizado o encaminhamento junto ao Conselho Tutelar e outras instituições governamentais, explica Tânia.
Para o futuro, a comunidade pretende ampliar as instalações e construir a ‘Chácara da Vida’, um local para receber as crianças das mães que desistem de abortar, mas não desejam ficar com os filhos.
A equipe de missionários leigos, homens e mulheres, casados e solteiros, atuam também proferindo palestras em feiras, praças públicas, paróquias e eventos católicos.
Entre as mulheres atendidas, a maioria é jovem, possui baixa escolaridade, são casadas ou possuem uma relação estável e, muitas vezes, são pressionadas pelo companheiro a praticarem o aborto.
Hoje (28) na Paróquia São José Operário, em Samambaia Norte, às 19h, será celebrada uma missa em comemoração aos 10 anos da comunidade. Após a celebração, será realizada uma confraternização com as mães e mulheres atendidas, colaboradores e missionários que ajudam a obra.
Mais informações sobre a Comunidade Católica Santos Inocentes na página da entidade ou pelos telefones (61) 3359-2867 / 3359-3652
Leia também:
Entrevista sobre o Projeto Raquel, que trabalha com mulheres que realizaram o aborto, no trabalho que chamam de “cura pós-aborto”.
Com informações da Arquidiocese de Brasília.
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